Com a presença do reitor professor Antonio Carlos Aleixo, da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) e da diretora do Centro de Ciências Humanas e da Educação, professora Nilva de Oliveira Brito dos Santos, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas de Educação do Campo (GEPPPEC), realizou na noite do dia 02 de outubro de 2014, a 2ª Mesa de Debate do Ciclo de Conferências: "Educação do Campo e Diversidade no Brasil Contemporâneo", discutindo o tema "Educação, trabalho e formação agroecológica na Educação do Campo". Acadêmicos de diferentes cursos de graduação, alunos da Especialização CEICH, mestrandos e membros da comunidade acompanharam a fala de abertura da mesa do reitor Carlos Aleixo e da professora Nilva de Oliveira.

Elias Brandão evidenciou na exposição que na contemporaneidade as pessoas não são consideradas seres humanos pelo neoliberalismo e sim máquinas humanas em potencial para complementar as máquinas avançadas e a tecnologia do sistema capitalista, seja esse humano um médico, professor, camponês ou trabalhador das cidades. Não importa o trabalhador e sim seu trabalho. O homem tem valor enquanto dispõe de sua força de trabalho. Evidenciou que as instituições de ensino, fundamental, médio ou superior, no sistema capitalista, são modeladas para formar peças humanas polivalentes e tecnologicamente preparadas (robôs humanos) para se encaixarem no mercado de trabalho globalizado.
Nilciney Toná expôs aos participantes a história do MST desde as primeiras ocupações no final da década de 1970 e os motivos que da organização do Movimento, passando pelos congressos nacionais realizados desde Cascavel e Curitiba no Paraná e pela preocupação com a formação, a educação e a agroecologia, alimentação sem agrotóxicos, evidenciando que a alimentação hoje consumida por toda população no mundo inteiro, produzida em alta escala pelo agronegócio está altamente envenenada, além de ser insuficiente para alimentar a população. De acordo com Toná, o mercado brasileiro é abastecido na prática pelos pequenos agricultores e pela agricultura familiar que, de acordo com a concepção dos latifundiários, devem desaparecer, inclusive as famílias que atualmente já são assentadas, para ser substituída pela mecanização, agroindústria e produção para exportação, além da especulação financeira da terra.
2ª Mesa de Debate - Fotos: Fabiano de Jesus Ferreira: