sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Com a presença do Reitor da UNESPAR, o GEPPPEC realizou a 2ª Mesa de debate sobre Educação do Campo e Diversidade

Com a presença do reitor professor Antonio Carlos Aleixo, da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) e da diretora do Centro de Ciências Humanas e da Educação, professora Nilva de Oliveira Brito dos Santos, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas de Educação do Campo  (GEPPPEC), realizou na noite do dia 02 de outubro de 2014, a 2ª Mesa de Debate do Ciclo de Conferências: "Educação do Campo e Diversidade no Brasil Contemporâneo", discutindo o tema "Educação, trabalho e formação agroecológica na Educação do Campo". Acadêmicos de diferentes cursos de graduação, alunos da Especialização CEICH, mestrandos e membros da comunidade acompanharam a fala de abertura da mesa do reitor Carlos Aleixo e da professora Nilva de Oliveira.
Da Mesa, coordenada pelo prof. mestrando Fabiano de Jesus Ferreira, foram debatedores o prof. Dr. Elias Canuto Brandão, da UNESPAR-Campus Paranavaí, discutindo "Universidade, Educação e Trabalho no campo e nas cidades" e o prof. mestrando Nilciney Toná, do Setor de Formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da coordenação pedagógica da Escola de Agroecologia Milton Santos, de Maringá, discutindo "Agroecologia alternativa no campo".
Elias Brandão evidenciou na exposição que na contemporaneidade as pessoas não são consideradas seres humanos pelo neoliberalismo e sim máquinas humanas em potencial para complementar as máquinas avançadas e a tecnologia do sistema capitalista, seja esse humano um médico, professor, camponês ou trabalhador das cidades. Não importa o trabalhador e sim seu trabalho. O homem tem valor enquanto dispõe de sua força de trabalho. Evidenciou que as instituições de ensino, fundamental, médio ou superior, no sistema capitalista, são modeladas para formar peças humanas polivalentes e tecnologicamente preparadas (robôs humanos) para se encaixarem no mercado de trabalho globalizado.

Nilciney Toná expôs aos participantes a história do MST desde as primeiras ocupações no final da década de 1970 e os motivos que da organização do Movimento, passando pelos congressos nacionais realizados desde Cascavel e Curitiba no Paraná e pela preocupação com a formação, a educação e a agroecologia, alimentação sem agrotóxicos, evidenciando que a alimentação hoje consumida por toda população no mundo inteiro, produzida em alta escala pelo agronegócio está altamente envenenada, além de ser insuficiente para alimentar a população. De acordo com Toná, o mercado brasileiro é abastecido na prática pelos pequenos agricultores e pela agricultura familiar que, de acordo com a concepção dos latifundiários, devem desaparecer, inclusive as famílias que atualmente já são assentadas, para ser substituída pela mecanização, agroindústria e produção para exportação, além da especulação financeira da terra.
2ª Mesa de Debate - Fotos: Fabiano de Jesus Ferreira: