terça-feira, 31 de agosto de 2010

CARTA DE PORTO BARREIRO


Na primavera de 2000, de 02 a 05 de novembro, estiveram reunidos em Porto Barreiro, Estado do Paraná, 450 educadoras e educadores, dirigentes e lideranças de 64 municípios, representando 14 organizações (movimentos sociais populares, sindicais, universidades, ONGs e prefeituras), para refletir a respeito das realidades do campo e trocar experiências sobre os processos educativos.

Nesta troca de experiências, constatamos que muitas das dificuldades, que enfrentamos para implementar uma educação de qualidade no campo, são frutos das políticas governamentais que excluem o campo do desenvolvimento nacional.

Esta exclusão é parte de um projeto maior que as elites brasileiras estão implementando, por meio de um modelo de desenvolvimento, que privilegia a agropecuária capitalista em detrimento da pequena agricultura, agricultura familiar e camponesa. Este modelo não pretende enfrentar um dos maiores problemas brasileiros: a concentração fundiária, atendendo ainda às políticas neoliberais do FMI e do Banco Mundial.

O Paraná é conhecido e reconhecido por seu grande potencial agrícola e pela riqueza na diversificação da produção, sendo privilegiado pelas suas condições climáticas, hídricas, mineral, pela qualidade de seu solo e pela diversidade de seu povo. Entretanto, pobre em políticas agrárias e agrícolas voltadas para os reais interesses e necessidades das populações do campo.

Neste contexto, a maior parte da população do campo sofre com a ausência de Políticas Públicas adequadas para suprir suas demandas. Além do impedimento do acesso à terra, há grandes dificuldades para conquista de uma política agrícola e de infra-estrutura básica para o campo. Inexiste na maioria dos municípios: eletrificação do campo, saneamento básico, telefonia, transporte coletivo, saúde, escolas, correios, centros de cultura, esporte e lazer.

Essa ausência de Políticas Publicas dificulta sobremaneira a construção de uma educação de qualidade pelos povos do campo (pequenos agricultores, agricultores familiares, camponeses, assentados, sem-terra, posseiros, assalariados, vileiros, indígenas, quilombolas e atingidos por barragens). Na inexistência das políticas públicas, nasceram diversas experiências que estão construindo propostas de uma educação do campo.

Em todas estas experiências há um compromisso comum: a valorização do Desenvolvimento Humano, essencial para a consolidação do Projeto Popular para a nação brasileira. Para continuarmos construindo este projeto, nós, educadoras e educadores do campo, assumimos os seguintes compromissos:

  • Trabalhar, em todas as instâncias, a construção de um Projeto Popular para o Brasil;
  • Trabalhar a educação na perspectiva da elaboração de um Projeto Popular de Desenvolvimento para o campo;
  • Fortalecer a Articulação Paranaense; “Por uma Educação do Campo”, criada na II Conferência Estadual: “Por uma Educação Básica do Campo”;
  • Fortalecer e consolidar a Articulação garantindo a participação das educadoras, dos educadores, das educandas e dos educandos em todas as instâncias;
  • Promover diversas oportunidades de realização de convênios, trabalhos e atividades interinstitucionais para troca de experiências, reflexões teóricas e metodológicas sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas pelas várias entidades que integram a Articulação Paranaense: “Por uma Educação do Campo”;
  • Dialogar com os governos do Campo Democrático, na perspectiva de implementar, nos municípios, uma política de educação do campo , a partir de experiências metodológicas e políticas bem sucedidas realizadas por outras administrações;
  • Trabalhar a valorização e a auto-estima dos povos do campo, desde a sala de aula e por meio de encontros, seminários, eventos culturais e publicações;
  • Criar inúmeras oportunidades de formação e reflexão sobre a importância dos Valores Humanos para a construção do Projeto Popular para o Brasil;
  • Fomentar pesquisas sobre as novas práticas pedagógicas que estamos desenvolvendo nos diferentes níveis de ensino no campo, bem como, sobre as experiências comunitárias de organização social, política econômica, cultural e ambiental;
  • Comprometer as universidades públicas para que elas assessorem as iniciativas dos movimentos populares e desenvolvam ações de ensino, pesquisa e extensão que promovam a qualidade de vida dos povos do campo;
  • Priorizar e incentivar os estudos, as leituras, as reflexões para promover os conhecimentos científicos e culturais: patrimônios da humanidade;
  • Ampliar a capacidade de articulação para organizar as demandas, propor e executar políticas públicas específicas para os diferentes níveis e modalidades da Educação do Campo e
  • Organizar a III Conferência Estadual ”Por uma Educação do Campo”.

Para continuarmos construindo este novo projeto, nós, educadoras e educadores do campo, assumimos o compromisso de lutar pelas seguintes ações:

  • Criação do Curso de Pedagogia da Terra no Estado do Paraná;
  • Promover o intercâmbio das experiências em desenvolvimento para um maior conhecimento dos projetos, objetivando suas ampliações;
  • Realizar seminários microrregionais para troca de experiências e discussão teórica e metodológica da Educação Básica do Campo;
  • Organizar seminários de formação de formação técnica e política com o objetivo de dimensionar os conhecimentos a respeito das legislações educacionais e encaminhar soluções para o reconhecimento das experiências da Educação do Campo;
  • A Articulação Paranaense: “Por uma Educação do Campo” deve reivindicar sua representação no Conselho Estadual de Educação;
  • A Articulação Paranaense: “Por uma Educação do Campo” deve também reivindicar sua representação nos conselhos municipais de educação e
  • Desenvolver esforços para integrar as organizações que ainda não participam da Articulação.

Assinaram a Carta: APEART, ASSESOAR, CRABI, CPT, CRESOL-BASER, CUT, DESER, Fórum Centro, Fórum Oeste, MST, Prefeitura Municipal de Porto Barreiro-PR, Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão-PR, Setor de Educação da UFPR, Departamento de Serviço Social da UEL, UNICENTRO e UNIOSTE.

Carta do Paraná para Educação do Campo


Este é o resultado dos trabalhos desenvolvidos no II Seminário Estadual de Educação do Campo do Paraná, que teve como objetivo principal a sensibilização dos Gestores públicos para a implementação das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo, além do mapeamento das demandas específicas do Estado e dos Municípios e a socialização de experiências locais desenvolvidas pelo Governo Estadual, Governos Municipais, Organizações Não-governamentais e Movimentos Sociais.

Para a continuidade dos trabalhos no Estado do Paraná foi instituído na solenidade de encerramento, um Comitê Provisório de Educação do Campo do Estado do Paraná que contou com a participação e assinatura da Secretaria de Educação e do Representante do Ministério da Educação.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

  • Garantir a capacitação dos educadores e educadoras para atuar na Educação do Campo através da formação continuada e permanente, por meio das instituições públicas e com financiamento garantido.
  • Promover política de formação inicial de educadores com currículos adequados às necessidades dos sujeitos do campo, respeitando as características regionais, incluindo a formação por áreas de conhecimento.
  • Promover programas permanentes de formação em serviço para educadores e educadoras não habilitados (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Educação Indígena) utilizando-se da Pedagogia da Alternância para o desenvolvimento da prática e pesquisa em educação do campo.
  • Fomentar a inclusão da temática do campo nas Diretrizes Curriculares Nacionais de nível superior das áreas de Educação (Pedagogia e Licenciaturas), bem como de outros que tenham vínculos diretos ou indiretos com a realidade do campo.
  • Incluir a temática da Educação do Campo nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica e Profissional.
  • Promover concurso público para Educação do Campo, com critérios claros quanto ao perfil dos educadores e educadoras e com regime de dedicação exclusiva.
  • Garantir preferencialmente a permanência nas respectivas escolas, dos professores que já atuam e acompanham o processo da Educação do Campo, enquanto não há a possibilidade de concurso público.
  • Articular as instituições de fomento de pesquisa às universidades para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, ensino e extensão na Educação do Campo.
  • Estimular e viabilizar a criação de grupos interinstitucionais de pesquisa na Educação do Campo.
  • Garantir fomento público para a criação e desenvolvimento de cursos de pós-graduação em
  • Educação do Campo.
  • Fomentar ações interinstitucionais entre órgãos e Universidade Públicas para garantir a pesquisa, a sistematização e a socialização das experiências e estudos acerca da Educação do Campo, afim de viabilizar a resolução de problemas e sustentabilidade dos povos do campo.
  • Elaborar e construir materiais didático-pedagógicos voltados às especificidades da Educação do Campo.

NUCLEAÇÃO E TRANSPORTE ESCOLAR

Fazer cumprir a legislação com relação ao repasse de recursos para o transporte escolar dos alunos da rede estadual (5ª a 8ª e ensino médio), proporcional ao número de alunos transportados.

Se houver necessidade de nucleação, discutir e debater com as comunidades envolvidas, realizando-a no próprio campo, levando em consideração as especificidades dessas comunidades.

O Município deverá certificar os veículos de transporte escolar segundo os critérios estabelecidos pelo MEC, cumprindo a legislação vigente, referente ao transporte escolar, primando pela segurança e o bem estar dos alunos transportados.

Que sejam revistas as normas para a elaboração de projetos de aquisição de veículos para o transporte escolar a nível Federal e Estadual, que atendam as reais necessidades dos municípios.

Oferecer o transporte escolar de modo que nenhuma criança ou jovem dispenda mais que uma hora no trajeto entre a sua residência e a escola.

Participação dos municípios na construção do FUNDEB, através da UNDIME como via de proposição e voto;

Que haja repasse diferenciado dos recursos do FUNDEB para a educação do campo.

Apoio ao Ensino em Regime de Alternância atendendo a demandas locais.

Nas escolas do campo com as séries iniciais do Ensino Fundamental que se possibilite a continuidade de estudos com a implantação das séries seguintes (5ª a 8ª e Ensino Médio) independente do número de alunos.

Que o Estado contribua na manutenção dos veículos da frota municipal, bem como das estradas utilizadas pelo transporte escolar.

Estatização da frota escolar.

DESENVOLVIMENTO RURAL E EDUCAÇÃO DO CAMPO

O debate do desenvolvimento foi considerado inicial e há necessidade de aprofundamento.

CONCEPÇÃO DE CAMPO

O campo é entendido como um espaço de resistência no contexto das contradições entre capital e trabalho que subordina e condiciona todos os trabalhadores.

O campo entendido como um lugar como vivem as pessoas sujeitos que podem se desenvolver em todas as dimensões (cultura, saúde, educação, saberes, lazer, comunicação, produção, entre outros) e que podem constituir sujeitos coletivos como garantia de realização de seus projetos de vida e das políticas públicas, produtor de conhecimento.

A possibilidade do campo como um lugar emancipado supõe se que se conceba uma realidade local específica como fruto também de múltiplas determinações do contexto amplo da sociedade, onde a escola se coloca como um instrumento a mais, produtora de práticas educativas comprometidas com a definição acima.

Com base no direito universal de ir e vir, o campo constitui-se num espaço de formação onde os conhecimentos desenvolvidos permitam as pessoas transitarem livremente no mundo atual compreendendo-o criticamente.

O campo como expressão da sociedade de classe constitui-se, incorporando uma diversidade cultural e especificidades, dando a possibilidade de que possamos falar em termos de “povos do campo”.

CONCEPÇÃO DE ESCOLA DO CAMPO

A escola do campo guia-se por um Projeto Político Pedagógico que aponta para uma educação de caráter emancipatório, humanizador capaz de fazer uma leitura de mundo e como sujeitos históricos que somos, fortalecer nossa identidade valorizando os elementos do contexto local, produzindo conhecimento a partir da problematização, ressignificando a cultura do campo na perspectiva da não subordinação da não discriminação e superando a fragmentação e a transmissão do conhecimento de forma positivista, acabada.

A escola do Campo trabalhará para fortalecer a consciência crítica e a auto-estima, fortalecendo a luta e as organizações da população do campo,

A escola do Campo não faz o desenvolvimento sozinha, por isso trabalhará articulada com organizações da sociedade especialmente as da população do campo e outras que comunguem com esta concepção.

A escola do campo só se viabilizara se for articulada com a problemática da educação pública gestada coletivamente com outros sujeitos coletivos do campo.

GESTÃO E FINANCIAMENTO

  • Garantia de aplicação dos recursos da educação – participação na gestão e fiscalização;
  • Garantia de representação da “educação do campo” nos Conselhos Municipal e Estadual de Educação;
  • Efetivar a participação no Conselho Municipal de Educação e no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, voltados às especificidades do campo.
  • Fortalecimento dos Conselhos de Acompanhamento e Aplicação de Recursos Públicos destinados à educação
  • Reordenar a aplicação dos recursos destinados à educação ( Ex: percentual elevado no Transporte Escolar, etc);
  • Destinação de recursos próprios do Município, além do percentual mínimo para aeducação, para implementação de educação do campo;
  • Aumentar o valor do PDDE e repassar para todas as escolas, independentemente donúmero de alunos;
  • Aumentar o índice do FPM;
  • Definição de percentual destinado para a educação do campo (contemplar indígena, casa familiar rural, escolas itinerantes...);
  • Cumprir a Constituição Federal que determina a aplicação dos recursos vinculados, de no mínimo 18% da União e 25% dos Estados e Municípios para a manutenção e desenvolvimento do ensino público, desvinculado da dívida pública (externa e interna), estes recursos;
  • Eliminar a Desvinculação dos Recursos da União (DRU), que repassa 20% dos mesmos para outras áreas, e voltar a garanti-los para a educação;
  • Garantia de Gestão democrática nas escolas;
  • Institucionalização das Políticas Públicas para Educação do Campo;
  • Contemplar as políticas da educação do campo no Plano Estadual de Educação;
  • Constituir Equipe específica nos órgãos de Educação ( NREs e SMEDs) para Educação no Campo;
  • Lutar para a manutenção da escola do campo;
  • Reestudar a abertura da escola rural, verificando a real demanda e condições, numa discussão conjunta da comunidade, providenciando espaço físico e equipamento adequado, contemplando também o espaço pedagógico;
  • Definição de política de recursos humanos para que o profissional que atuar na escola rural seja pessoa identificada com a proposta.
  • Implantar educação inclusiva;
  • Gestão democrática: discussão com comunidade sobre ensino de qualidade, propondo matriz curricular que contemple os anseios desta comunidade;
  • Garantir autonomia da escola;
  • Replanejamento das ações públicas para o campo, para que o homem do campo efetivamente possa sentir-se bem no seu espaço. Desenvolver ações para que os recursos de outros órgãos e ministérios, aplicados na formação continuada dos trabalhadores rurais, sejam em consonância com um projeto global, não fragmentado.
  • Eleição direta para diretores das escolas do campo.
  • Reavaliar a Lei Estadual que limita a abertura de turmas em função do número de alunos.
  • Garantir nas escolas do campo infra-estrutura e equipamentos adequados (prédios, laboratórios, bibliotecas, transporte, etc).
  • Garantia de quadro próprio para a educação do campo, não admitindo a constante rotatividade de professores nas escolas.
  • Que as secretarias municipais organizem seus sistemas de ensino (Conselho Municipal e Plano Municipal de Educação) considerando a Educação do Campo (Quilombolas, Agricultores, Indígenas, Pescadores, Ribeirinhos, etc).
  • Criar nas SME um setor específico com uma equipe pedagógica para trabalhar a questão de educação no campo – comprometida e articulada com os demais setores.


PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DAS ESCOLAS DO CAMPO

  • A construção do PPP deve ser um trabalho coletivo, com a garantia de sua aplicabilidade, buscando parcerias para a implementação da proposta pedagógica.
  • Que o conselho escolar e a APMF dos estabelecimentos de ensino, bem como toda a comunidade deve ser chamada para participar no ato da elaboração, efetivação e avaliação do PPP das escolas do campo.
  • A construção do PPP deve envolver o diagnóstico da realidade do público alvo da comunidade onde a escola está inserida.
  • Definição em calendário de momentos para a discussão do PPP com toda a comunidade escolar para que esteja em constante revisão, realimentação e avaliação.
  • O PPP deve definir princípios filosóficos, pedagógicos e concepção de
  • Educação do Campo, que irão orientar o trabalho e o tipo de educação que queremos, considerando que a escola tem autonomia, mas que o Estado deve oferecer diretrizes a serem observadas.
  • O PPP deve prever conteúdos adequados à realidade e especificidade do campo (queimadas, enchentes, poluição dos rios etc...), contextualizando o conhecimento universal e valorizando os conhecimentos produzidos pelos sujeitos do campo.
  • Oferecer condições aos alunos e professores para que reflitam sobre a diversidade dos conhecimentos ligados a terra, discutindo com a comunidade formas tecnológicas de produção.
  • Garantir no PPP a articulação dos projetos escolares já desenvolvidos por professores e alunos das escolas do campo.
  • O PPP deve garantir a reflexão sobre a necessidade de formação continuada, através de convênios com universidades, entidades civis organizadas, órgãos competentes, etc...
  • Não inverter a pirâmide-conceitual urbano versus rural, rural versus urbano.
  • Que o PPP contemple uma concepção de avaliação que não signifique apenas constatação, mas que seja utilizada para a intervenção e novas ações, e novas práticas.

COMITÊ PROVISÓRIO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

DO ESTADO DO PARANÁ

MEMBROS

ENTIDADES

Antenor Martins

SEED

Claudir Daltoé

UFPR

Solange Von Onçay

ASSESOAR

Vera Gislon

CPT

Juceli Verona de Castro

UEL

Fernando José Martins

UNIOESTE

Dirce Slongo

ARCAFAR-SUL

Maria de Fátima da Rocha

Movimento Negro

Maria Izabel Grein

MST

Vilson Schon

FETRAF-SUL/CUT

Dirceu Luis Fumogalli

APEART

Regina Léssio Barbato

FETAEP

Hélio Meca

MAB

Maria Cecílio

UEM

APP-SINDICATO

Sauri Pafej Manoel Antônio

ASS. Dos Prof. Indígenas do Estado do Paraná

Fernando Santos

ACADÊMICO DA UEPG

UNDIME/PR

MPA

MMC

Reunião do GEPPPEC do dia 27/08

Os participantes do GEPPPEC realizaram reunião de estudo no dia 27 de agosto, na sala 17 da FAFIPA, a partir das 17h30min., objetivando estudar a Educação na luta pela terra desde a invasão do Brasil pelos portugueses, passando pela organização do Movimento Sem Terra no Brasil e região Noroeste do Paraná. A discussão considerou a viagem que os participantes realizarão à "VIII Jornada de Campo da UEM - aula monitorada", para conhecer os trabalhos de Educação do Campo e Escola Itinerante no Acampamento Elias, em Planaltina do Paraná e na Escola Chico Mendes e Colégio Centrão, no Assentamento Pontal do Tigre, em Querência do Norte/PR.
Participantes:
Elias Canuto Brandão;
Jéssica Elaine Inácio Chagas;
Fernando Krueger da Cruz;
Fabiano de Jesus Ferreira;
Taziane Portante Souto de Oliveira;
Sueli Araujo Cavalcante.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

GEPPPEC-FAFIPA participou de reunião na SEED, em Curitiba

A FAFIPA, por meio do coordenador do GEPPPEC, participou de reunião interinstitucional na Secretaria de Estado de Educação do Paraná, em Curitiba, no dia 20 deste mês e discutiram a situação atual da Educação do Campo no Paraná, além de pensarem ações para o futuro. No DIA-A-DIA EDUCAÇÃO é possível ter uma avaliação do que foi a reunião, seus desdobramentos e instituições participantes.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

27 de agosto - Reunião do GEPPPEC

A próxima reunião de estudo do GEPPPEC ocorrerá no dia 27 de agosto, na FAFIPA e é aberta a acadêmicos, docentes e lideranças dos movimentos sociais, interessados em estudar as políticas públicas de Educação do Campo.
DIA: 27/08/2010;
HORAS: 17h30 às 19 horas;
LOCAL: FAFIPA - Sala 17
PAUTA: Discussão sobre a "Educação na história da luta pela terra no noroeste do Paraná - O Assentamento Pontal do Tigre" - Temática que também será discutida pelo coordenador do GEPPPEC na UEM-Maringá (dia 30/08) e UEM-Cianorte (dia 02/09).

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Inscritos para Jornada de Campo - 18 de setembro

Relação dos participantes do GEPPPEC-FAFIPA que viajarão no dia 18 de setembro de 2010, da VIII Jornada de Estudos em Políticas Públicas da UEM - Jornada de Campo (Aula monitorada), organizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas e Gestão Educacional (GEPPGE-UEM), para conhecerem as práticas da Escola Itinerante no Acampamento Elias Gonçalves de Moura, em Planaltina do Paraná e da Escola Chico Mendes e Colégio Centrão, no Assentamento Pontal do Tigre, em Querência do Norte/PR:

  1. Elias Canuto Brandão - professor
  2. Bianca Burdini Mazzei - professora
  3. Fernando Krueger da Cruz - História
  4. Fabiano de Jesus Ferreira - História
  5. Paulo Roberto Sanita - História
  6. Taziane Portante Souto de Oliveira - Pedagogia
  7. Jéssica Elaine Inácio Chagas - Pedagogia
  8. Paula Oliveira da Rocha - Pedagogia
  9. Sueli de Araujo Cavalcante - Serviço Social
  10. Franciele Casarin Mendes - Comunidade externa

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Resumo da apresentação de Fabiano de Jesus Ferreira

O GEPPPEC realizou reunião de estudo no dia 06 de agosto, das 17h30min., às 19 horas, na sala do Colegiado de Pedagogia da FAFIPA, com a participação de quatro acadêmicos: Fernando Kruger da Cruz, Paulo Roberto Sanitá, Tiziane Portante S. de Oliveira e Fabiano de Jesus Ferreira e, três professores: prof. Dr. Elias Canuto Brandão, coordenador do GEPPPEC, Gilmara Belmiro da Silva, ambos da FAFIPA e com a visita da coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas e Gestão Educacional (GEPPGE), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), profª Drª Maria Aparecida Cecílio.

O colóquio do dia ficou sob a responsabilidade de Fabiano de Jesus Ferreira, acadêmico do 2º ano de História que, durante a exposição, teve a participação em debate de todos os presentes. Segue um resumo elaborado pelo expositor.

Artigo apresentado: A Concepção de educação no campo no cenário das políticas públicas da sociedade brasileira, autoria de Maria do Socorro Dias Pinheiro, integrante da coordenadoria do GEPECART (Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo da Região Tocantina, em Cametá); participa do GEPERUAZ – Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Rural na Amazônia e; compõe a coordenação pedagógica do PRONERA – Pólo de Tucuruí.

No artigo, a autora faz um breve levantamento sobre as políticas públicas voltadas para a educação no campo e seus objetivos em cada momento de nossa historia, desde 1889. Nota pelo levantamento histórico um descaso com a educação no campo em todos os períodos, até os dias atuais. Ainda hoje nota-se precariedade na educação aplicada nas zonas rurais, mas não pela má vontade ou desinteresse dos profissionais da educação e sim pela falta de estruturas nas escolas, nas estradas precárias, na falta de programas de saúde que atendam as reais necessidades daqueles que moram nas zonas rurais e, ainda na falta de um currículo escolar que atenda as necessidades das pessoas que moram nas áreas rurais.

O texto tem como objetivo refletir e debater a educação e mais especificadamente a educação do campo, provocar inquietações, críticas e sugestões. Tem como base diversos pesquisadores na área da educação que mostram as desigualdades entre a educação do campo e a da cidade. No campo inovaram no maquinário, no aumento da produção de grãos, nos agrotóxicos, na alteração dos genes das sementes para obter uma exportação em larga escala, mas os que têm usufruído desses avanços são pequenos grupos de latifundiários, empresários, banqueiros e políticos nacionais e internacionais.

Participantes:

Maria Aparecida Cecílio - professora da UEM (visitante)

Elias Canuto Brandão

Fernando Kruger da Cruz

Paulo Roberto Sanitá

Gilmara Belmiro da Silva

Taziane Portante S. de Oliveira

Fabiano de Jesus Ferreira

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Dia 06 - Reunião do GEPPPEC

Na próxima sexta-feira, dia 06 de agosto, realizaremos reunião do Grupo de Estudo e Pesquisa em Políticas Públicas de Educação do Campo (GEPPPEC). Convidamos-lhe a participar e gostaríamos que estendesse o convite a outras pessoas interessadas.
DIA: 06/08/2010;
HORAS: 17h30 às 19 horas;
LOCAL: Sala 20;
PAUTA:
  1. Continuação do estudo do texto "A concepção de educação do campo no cenário das políticas públicas da sociedade brasileira", de Maria do Socorro Dias Pinheiro;
  2. Informações e levantamento para inscrição de interessados em participar da Jornada de Campo (Aula Monitorada), na Escola Itinerante (Acampamento Elias, em Planaltina do Paraná) e Escola Chico Mendes e Colégío Centrão (no Assentamento Pontal do Tigre, em Querência do Norte/PR), no dia 18 de setembro;
  3. Informação sobre o andamento de pesquisas sobre Educação do Campo no Paraná.