A professora Maria Edi da Silva Comilo, diretora da Escola Camponesa Municipal Chico Mendes, do Assentamento Pontal do Tigre, em Querência do Norte-PR, coordenou a discussão sobre mística na reunião do Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas Públicas de Educação do Campo (GEPPPEC).
Comilo expôs que a mística não é um teatro e sim um reavivamento de situações que aconteceram e acontecem na vida dos trabalhadores rurais assentados ou acampados, seja na luta pela conquista da terra, educação, saúde ou negociação com o Estado. Disse que "a mística resgata a história do Movimento Sem Terra (MST) e alimenta a alma e a luta dos envolvidos, assim como o sentimento de pertença".
A mística é parte de tudo que é realizado, desde a sala de aula até as mais simples reuniões, encontros, conferências, congressos ou visitas de pessoas do Brasil (a exemplo de acadêmicos e professores de universidades) ou de visitantes ou pesquisadores de outras nações (a exemplo de italianos, franceses, espanhóis, americanos, argentinos, alemães, cubanos...) aos assentados ou acampados.
Disse que na mística pode ser utilizado toda forma de símbolo: água, enxada, facão, bandeira do Brasil e/ou do Movimento, produtos da terra, pessoas...
Segundo Maria Ilda, também da Escola Camponesa Chico Mendes, uma das preocupações da mística é o resgate da história por meio da expressão cultural, a música por exemplo. Esta tem sido utilizada junto às crianças para resgatar a história dos pais no Movimento, pois estas não vivenciaram a luta e conquista da terra e caso não seja realizada, corre-se o risco do esquecimento da história dos pais, podendo crescer pensando e agindo como um pequeno burguês, prato cheio para o sistema capitalista.
Segundo Maria Ilda, também da Escola Camponesa Chico Mendes, uma das preocupações da mística é o resgate da história por meio da expressão cultural, a música por exemplo. Esta tem sido utilizada junto às crianças para resgatar a história dos pais no Movimento, pois estas não vivenciaram a luta e conquista da terra e caso não seja realizada, corre-se o risco do esquecimento da história dos pais, podendo crescer pensando e agindo como um pequeno burguês, prato cheio para o sistema capitalista.
Por fim, Maria Edi sugeriu a leitura do artigo online que acabou de ser publicado em conjunto com Elias Brandão, AQUI.
Participantes da reunião do dia 31 de agosto, na UNESPAR-Campus Paranavaí:
- Andriele dos Santos Rodrigues - Pedagogia;
- Gilson Manto Vanello - Pedagogia;
- Claudete Stürmer - Serviço Social;
- Fernanda Boing - Pedagogia;
- Maria Edi da Silva Comilo - Escola Camponesa Municipal Chico Mendes - Querência do Norte-PR;
- Maria Ilda da Silva - Escola Camponesa Municipal Chico Mendes - Querência do Norte-PR;
- Fernando Krueger da Cruz - História;
- Elias Canuto Brandão - Curso de Pedagogia - Docente e coordenador do GEPPPEC;
- Fabiano de Jesus Ferreira - História.